Concessão do Galeão é resposta à crescente demanda de passageiros

Publicado em 2 de abril de 2014 às 16:32

A concessionária Aeroporto Rio de Janeiro, formada pela Odebrecht TransPort, Changi Airports International (de Cingapura) e pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), assinou contrato com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para administrar o Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, o Galeão (RJ), por 25 anos. O leilão foi disputado em novembro de 2013, com uma oferta de R$ 19 bilhões para a gerência do terminal. As duas empresas privadas têm 51% de participação no negócio (desses, 60% são da Odebrecht e 40% da Changi) e a Infraero, 49%.

Entre as ações imediatas previstas para a melhoria do aeroporto estão: melhoria da sinalização, limpeza, iluminação, segurança, acesso gratuito à Internet (wi-fi). Além dessas, estão previstas a construção de 26 pontes de embarque e de um estacionamento com capacidade mínima para 1.850 veículos, adequação das instalações para armazenamento de carga, ampliação do pátio de aeronaves e a construção de sistema de pistas independentes até atingir o gatilho de 262.900 movimentos/ano.

Até abril de 2016, portanto, um pouco antes das Olimpíadas, deverão estar prontas as pontes de embarque, a ampliação do pátio de aeronaves e a instalação de 68 balcões de check-in. Para isso serão investidos R$ 2 bilhões. Antes do início da Copa do Mundo, deverão ser melhoradas a sinalização, o funcionamento das escadas e dos elevadores, da limpeza dos banheiros, entre outros. Segundo Wellington Moreira Franco, presidente da concessionária, “o aeroporto está pronto para ter um atendimento adequado aos brasileiros e aos turistas que virão aqui. As obras de melhoria do Terminal 2 já estão prontas. As obras do Terminal 1 ficarão prontas em maio. O que nós precisamos hoje é de uma grande intervenção na melhoria de serviços que são considerados pequenos, mas que são fundamentais para que funcione adequadamente, como qualidade do banheiro, melhoria da praça de alimentação, bom funcionamento das escadas rolantes”.

Nos primeiros três meses após a assinatura do contrato, incluindo o período da Copa do Mundo, o aeroporto será operado pela Infraero, em fase de transição. Após esse período, a administração do aeroporto será dividida entre a Infraero e a concessionária. Depois, a concessionária administrará sozinha a gerência do Galeão.

Demanda

Durante o evento de assinatura do contrato de concessão do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, a presidente Dilma Rousseff cobrou a concessionária Aeroporto Rio de Janeiro para que o aeroporto carioca em questão “seja tão bom quanto o aeroporto de Cingapura”, administrado pela Changi e eleito, recentemente, um dos melhores do mundo.

No mesmo evento, Dilma ressaltou que os aeroportos precisam acompanhar a crescente demanda gerada pela classe média. Ela afirmou que o número de passageiros no aeroporto do Rio passou de 9 milhões em 2006 para 17 milhões em 2013 – um crescimento de 10% ao ano.  A concessão de aeroportos para a iniciativa privada seria uma forma de acelerar a melhoria dos serviços oferecidos.

A avaliação da qualidade do serviço prestado pelo aeroporto será feita pela aferição de 32 Indicadores de Qualidade de Serviço (IQS), que incluem a disponibilidade de assentos, elevadores e escadas rolantes, entre outros, e por meio de uma pesquisa de satisfação realizada com os próprios usuários. Os resultados obtidos poderão ter impacto no reajuste das tarifas recebidas pelo operador aeroportuário.